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A mostrar mensagens de outubro, 2019

Ideias de amor numa roda de leitura

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Café num copo compartilhado. “A natureza é uma grande mestra”, disse Leo Buscaglia no livro Vivendo, Amando e Aprendendo, abrindo, então, o fluxo energético do círculo de leitura. Estávamos sentados no final da tarde de um sábado qualquer, em Coqueiral, Aracruz – Espírito Santo. Ideias de amor no fim do dia e doses de palavras certas. Reinventar conceitos e significados. É possível transformar o verbo maldoso com suavidade e delicadeza. Verbalizar é agir. Agir no mundo. Amar também é verbo e palavras são espíritos, energias – já dizia o Guarani no meio da floresta. Revolução gramatical. Descolonizar o vocabulário. Novos fonemas. “Palavras são para libertar!”, disse também o livro. Mas porque se aprisiona? Quero doses de palavras certas, afetuosas e integradoras. Queimar palavras na fogueira para nunca mais serem ditas. Palavras cotidianas que invocam maldições. Quero vida quando, de repente, surge uma poesia no livro: Não posso ser feliz quando mudo só para satisfazer...

O barro e as raízes de uma mulher guerreira

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"Aquelas raízes eram como se fosse eu me aprofundando na terra”, Renalda de Oliveira Pêgo Por Luã Q. Sentimentos que se transmutam no barro. Caminhar na floresta, cavar a terra e as mãos lameadas fizeram nascer uma das obras mais delicadas da artesã Tupinikim Renalda de Oliveira Pêgo, que mora na aldeia de Caieiras Velhas, no município Aracruz, Espírito Santo. A peça foi feita em 2016 e retrata uma mulher pensativa, sentada sobre as raízes de uma árvore. “Eu estava passando por um momento difícil. Minha filha teve um câncer e eu sofri muito. Mas um belo dia peguei o barro e comecei a esculpir. Surgiu na memória uma árvore com várias raízes. Aquelas raízes eram como se fossem eu me aprofundando na terra”, comentou. É uma peça simples e profunda. Cada detalhe esconde memórias da artesã, que relembra: “eu estava triste em cima da raiz, mas não perdi a esperança. Eu sabia que minha filha ia ser curada”. Foram momentos difíceis para Renalda. Ao mesmo tempo em que ...

Dez momentos da Feira Cultural dos povos Tupinkim e Guarani do ES

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Karaí Mirin e, ao fundo, pintura de Augusto Vaz retratando o universo Guarani e o caminho à Terra Sem Males   Por Luã Q . Cantos, movimentos, pinturas, alimentos e sementes. Veja dez momentos que marcaram a 2ª Feira Cultural dos Povos Tupinikim e Guarani do Espírito Santo, na aldeia Pau Brasil – município de Aracruz 1. Rosanir e seus preciosos cestos Guarani 2. Abraço sincero e olhar de ternura 3. Força e equilíbrio. Detalhes de uns dos arqueiros Tupinikim 4. Arqueiros Tupinikim, da aldeia Caieiras Velha 5. Visitante de Minas Gerais sendo pintado por um Guarani 6. O casal Fábio Rocha e Josi Pereira mostram seus artesanatos feitos com madeira 7.  Ayla e seus maracás Guarani 8. Apresentação do Grupo de Arqueiros Tupinikim levantando reflexões sobre força e união 9. Bárbara, uma das mulheres guerreiras que ajudaram a organizar a Feira Cultural da Aldeia Pau Brasil 10. Onças pin...

Pe îura i katu eté: Casa da Cultura na aldeia Irajá é ponto de resistência Tupinikim

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POR LUÃ Q . No próximo sábado (19) a aldeia Irajá, em Aracruz, vai comemorar a inauguração da Casa da Cultura, com apresentações culturais, comidas típicas e venda de artesanatos. O evento terá início a partir das 18h e é uma realização da Associação Aitupaíra. “O objetivo da nossa casa de Cultura é preservar e difundir os valores culturais do nosso povo, evitando que se perca as riquezas tradicionais que nos faz ser e ter orgulho de sermos indígenas Tupinikim”, explica o cacique Gilcimar (neném), da aldeia Irajá. Os preparativos para a festa estão a todo vapor. Desde o último final de semana a comunidade está unida realizando a pintura da Casa de Cultura. A frase em tupinikim “Pe îura i katu eté îandé rekó roka irajá tapé”, estampada na entrada do local, revela as intenções da aldeia em inaugurar um centro de cultura. “Queremos que a Casa da Cultura da Aldeia Irajá seja um espaço de fortalecimento, onde crianças e jovens aprendem com os mais velhos as práticas de ...

Feira Cultural na aldeia Pau Brasil vai unir povos Tupinikim e Guarani em Aracruz

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Foto: Luã Quintão POR LUÃ Q . A arte dos povos Tupinikim e Guarani do município de Aracruz estarão juntas na Feira Cultural da aldeia Pau Brasil. O evento acontece no dia 20 de outubro (domingo), a partir das 09h, com apresentações, exposição e venda de artesanatos, comidas típicas, brincadeiras e roda de conversa. O Objetivo do evento é promover a visibilidade da cultura Tupinikim e Guarani através dos artesanatos, da culinária, dos cantos, da dança, das vestimentas, e das histórias contadas e vividas pelos mais velhos das aldeias. Além do fortalecimento cultural, a feira também é considerada um espaço de diálogo entre dois povos e também um momento para que pessoas de outras culturas possam conhecer de perto a realidade dos povos indígenas de Aracruz. “A feira é um espaço de fortalecimento dos indígenas Tupinikim e Guarani, onde os mesmos possam trocar experiências entre aldeias, como forma de resistência dos povos. Será também um espaço para que as pessoas não in...