Brasil atingiu marco sombrio em número de mortes por Covid-19, imunização a passos lentos e presidente desencoraja uso de máscara

 

   Coveiro pcaminha no cemitério do Parque Tarumã, em meio ao surto da doença do coronavírus, em Manaus, no Amazonas, nesta quinta-feira. Foto: Bruno Kelly / Reuters

Luã Quintão

Um total de 1.582 brasileiros morreram de Covid-19 na última quinta-feira, 25. Enquanto o país luta com uma implementação lenta da vacinação, novas variantes da doença surgem em meio a uma resposta descoordenada do governo.

O país enfrenta o segundo maior número de fatalidades com Covid no mundo, depois dos Estados Unidos. Hospitais de 17 capitais estão lotados de casos, segundo o instituto de pesquisas do governo Fiocruz. Mais de 90% dos leitos de terapia intensiva estão ocupados nas cidades amazônicas de Manaus e Porto Velho.

Mas mesmo com os especialistas alertando sobre uma iminente avalanche da Covid nas semanas seguintes, o presidente do Brasil novamente desencorajou o uso de máscaras, um método que se mostrou eficaz contra a Covid-19.

Durante sua transmissão ao vivo semanal na quinta-feira, Jair Bolsonaro mencionou um estudo não especificado para argumentar que as máscaras causavam efeitos colaterais, incluindo reações na pele e dores de cabeça, em crianças.

Embora o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, tenha prometido que o governo vacinaria todos os brasileiros neste ano, apenas 3% já receberam as injeções.

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